Costão Rochoso: Raia

Por apresentar uma diversidade de habitats, o costão rochoso abriga também diversas espécies de peixes. Eles usam as proximidades do costão suas atividades, incluindo refúgio, alimentação, reprodução ou apenas passagem. Muitas espécies apresentam uma grande importância econômica, principalmente para pesca artesanal.

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Costão rochoso é um ecossistema costeiro formado por rochas de diferentes tamanhos. Tais rochas fornecem uma variedade de habitats, e assim diversos animais encontram neles local adequado para sua sobrevivência. Fatores físicos como luminosidade, temperatura, oscilação das marés, ação das ondas e salinidade influenciam diretamente a distribuição vertical das espécies ao longo desse paredão rochoso. Sendo assim, as condições ambientais que atuam sobre o costão rochoso são diferentes de acordo com sua profundidade e, por isso, os animais que habitam cada profundidade são bastante distintos. No Brasil, são encontrados principalmente nas regiões Sudeste e Sul, e as principais ameaças que sofrem são a poluição, o pisoteio, a retirada seletiva de organismos e a coleta de peixes ornamentais.

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Raia-prego - Dasyatis hipostigma

Pode ser encontrada na parte sul do Oceano Atlântico, em águas rasas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina, vivem junto ao fundo arenoso se alimentando de pequenos moluscos e crustáceos. Podem chegar a um tamanho máximo de 65 centímetros, sua longevidade é desconhecida. São animais vivíparos, ou seja, o embrião se desenvolve dentro do útero, com as fêmeas dando a luz a até dois filhotes por gestação. São algumas das raias mais capturadas não intencionalmente por pescadores artesanais e pela pesca comercial com redes de pesca. Esta espécie está extremamente sujeita aos perigos provocados pela degradação de habitats, assim como o excessivo desenvolvimento de infraestruturas humanas em regiões costeiras, que acabam culminando na destruição da maior parte dos manguezais. A poluição presente e crescente na água também representa um grave perigo a espécies.

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Raia-Lixa - Hypanus guttatus

A Raia-Lixa tem sua distribuição por todo o Atlântico Ocidental, compreendendo a região do sul do Golfo do México até a cidade de Santos, São Paulo no Brasil. Essa espécie tem como costume comportamental a vivência próxima do fundo do mar. Sua alimentação é composta por invertebrados como pequenos moluscos, crustáceos e vermes associados a substratos. Esses animais podem chegar de 125 cm até 200cm.

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Raia-viola - Pseudobatos percellens

Encontradas no Atlântico Ocidental e Oriental, em uma profundidade de 110 metros. Vivem em fundos arenosos, podendo chegar a 1 metro de comprimento. Estima-se que a população dessa espécie reduziu de 50%-79% nos últimos 30 anos, por conta da degradação de seu habitat e da pesca acessória (não são alvos da pesca mas acabam indo na rede). São vendidas como carne de cação ou filé de viola.