Branqueamento de corais

Corais vivem em simbiose com microalgas. O branqueamento de corais ocorre quando as microalgas param de fazer fotossíntese e deixam de fornecer energia para esses animais. Ao perceber isso, os corais as expulsam de seu corpo, perdendo assim sua cor em seus tecidos, deixando à mostra o esqueleto calcário branco.

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O fenômeno ocorre devido ao ambiente desfavorável à sobrevivência desses animais, a mudança de temperatura dos oceanos é a principal causa da morte, já que o fenômeno coincide com o aquecimento dos oceanos, a mudança de 1°C na temperatura da água já é o suficiente para que isso aconteça. Os recifes são ambientes muito sensíveis, por isso as mudanças estão afetando o seu bem-estar. O AquaRio participou de uma pesquisa, onde ocorreu o estudo de uma dose específica probióticos que auxiliam na proteção desses animais durante as ondas de calor. “A gente usa micro-organismos que podem mitigar esses efeitos causados pelo excesso de ROS, diminuindo sua concentração e retardando o processo de disbiose [quebra da relação entre coral e alga]. Além disso, a gente oferece para o coral bactérias que estão envolvidas na ciclagem de nutrientes e que vão fornecer energia durante esse período de estresse, ajudando-o a subexistir enquanto a alga não volta. Por fim, incluímos nesse coquetel bactérias antagonistas a patógenos, as quais podem ajudá-lo a sobreviver mesmo nessa condição adversa, porque, quando o coral começa a ficar disbiótico, os patógenos tendem a crescer e às vezes muitos oportunistas passam a tomar conta dele”, explica a pesquisadora Raquel Peixoto para portal Conexão UFRJ.