Corais do Brasil

Os corais brasileiros formam um ecossistema de características únicas do Oceano Atlântico Sul, tendo maior destaque o recife de Abrolhos. Nossa variedade de espécies é baixa, sendo somente 23 espécies, e 46% dessas são encontradas somente aqui (endêmicas), como o Mussismilia braziliensis, popularmente chamado de Coral cérebro.

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Geralmente grupos de recifes ficam a uns 5 km de distância da costa, os nossos estão localizados bem próximos à linha da costa, que possui condições que não são consideradas ideais para esses animais. Em nossas águas há muita disponibilidade de nutrientes, a alta turbidez, dificulta o acesso a luz, que é essencial para as microalgas fazerem fotossíntese; e os sedimentos que chegam ao mar pelos rios, fazem esses animais terem muito gasto de energia se limpando. Foi feita uma pesquisa, e quando espécies de corais brasileiros foram expostos a temperaturas mais altas, houve um aumento, de até sete vezes, na quantidade de zooxantelas em seu tecido. Demonstrando assim, uma alta resistência, comparado a corais que vivem em águas cristalinas e baixos níveis de nutrientes e matéria orgânica. No sul da Bahia, principalmente na região de Abrolhos, existem formações coralinas bem características, os chamados Chapeirões. Estas formações crescem verticalmente sobre o fundo do oceano e vão expandindo para os lados, formando diversos desenhos, semelhante por vezes a cogumelos.

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Estrela-do-mar - Echinaster brasiliensis

Vivem no Atlântico Ocidental, em uma profundidade de até 9 m. Se alimenta de zooplâncton, anêmonas e esponjas e seu tamanho máximo é de 6 cm. É uma espécie que ainda não foi muito estudada.

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Cirurgião - Acanthurus chirurgus

Vivem no Atlântico Ocidental e Oriental, em profundidades de até 70 metros. Habita recifes de corais e áreas rochosas. Se alimenta de algas, sempre procurando seu alimento em fundos arenosos. Realiza também a limpeza de tartarugas-verde (Chelonia mydas) que estão nos recifes coralíneos junto ao Cirurgião-azul (Acanthurus coeruleus) e ao Sargentinho (Abudefduf saxatilis). É comum ser confundido com o Cirurgião-barbeiro (A. bahianus), pois a única diferença física são as leves linhas laterais verticais que o A. chirurgus possui.

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Sarampinho - Amblycirrhitus pinos

Espécie de peixe característica do Oceano Atlântico ocidental até o Rio de Janeiro; no Atlântico oriental ela ocorre na Ilha de Santa Helena. No Oceano Índico esse peixe tem ocorrência pela região da Indonésia. Habita fundos rochosos e coralíneos, de 2 a 46 m de profundidade. Alimenta-se principalmente de zooplâncton. Na fase adulta chega até 10 cm de comprimento. Possui 10 espinhos dorsais com pequenos tufos semelhantes a pelos, utilizados para proteção, e numerosas manchas vermelhas na cabeça e na região dorsal e lateral do corpo, característica que lhe dá o nome popular de “sarampinho”.

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Apogon - Apogon americanus

É uma espécie endêmica da costa do Brasil, ou seja, só é encontrada em águas brasileiras, e vive em ambientes costeiros, fundos de cascalho, próximos a bancos de algas e recifes, coralinos ou não. Se alimenta à noite de pequenos crustáceos e zooplâncton. Apresenta no máximo 10cm de comprimento e possui o hábito de permanecer imóvel na coluna de água. Os machos guardam os ovos na sua boca e ficam sem se alimentar até a eclosão.

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Peixe-anjo-de-fogo - Centropyge sp.

Vive no Atlântico Ocidental, escondido em recifes de coral, em uma profundidade de até 25 metros. Se alimenta de algas e esponjas. Pode chegar a 7 cm.

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Salema - Anisotremus virginicus

Espécie de peixe que pode ser encontrada em águas tropicais em todo o Oceano Atlântico ocidental. Vive em fundos coralinos e/ou rochosos, normalmente solitário. Apesar de ser um peixe onívoro, os juvenis costumam se alimentar de pequenos parasitas encontrados em peixes maiores, e os adultos de pequenos crustáceos, moluscos e anelídeos. Essa espécie pode chegar a 40 cm de comprimento. No período de acasalamento podem formar grandes agregações. Possui coloração amarelada com faixas brancas ao longo do corpo.

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Badejo-sabão - Rypticus saponaceus

Vive no Atlântico, podendo ser encontrado dos Estados Unidos ao Brasil e da Mauritânia a Angola, no Atlântico Oriental. Vive associado a recifes de coral em águas rasas, se alimenta de peixes pequenos e invertebrados. Secreta um muco na pele, quando estressado, esse muco se transforma em uma espuma de sabão, que contém uma proteína tóxica.