Pequenas Riquezas

Os rios acumulam troncos, galhos e folhas em seu fundo e com a decomposição desse material a água fica mais turva, tendo “cor de chá” e o ph, mais ácido. As espécies que vocês vêem aqui são muito escolhidas para o aquarismo, mas a pesca em excesso é um risco para esses animais.

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O mundo marinho também é casa de seres bem pequenos mas que são extremamente chamativos por suas colorações, formas do corpo e estratégias de sobrevivência.

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Acará-disco-comum - Symphysodon discus

É uma espécie endêmica do Brasil, vive em águas escuras na bacia do rio Amazonas, sendo encontrado entre raízes e fendas de rochas. É tranquilo para conviver junto com outros indivíduos. Tem o cuidado parental com a prole e produz um muco para nutrir os alevinos nos primeiros dias de vida. Se alimenta de insetos, larvas de insetos, plâncton e eventualmente de frutos.

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Ouriço-de-espinho-longo - Diadema setosum

É um animal, do mesmo grupo das estrelas-do-mar e pepinos-do-mar, os Equinodermos. É encontrado no Mar Mediterrâneo e no Oceano Indo-Pacífico, desde o Mar Vermelho até as ilhas do Pacífico sul e Japão. É bentônico, ou seja, vive associado ao substrato marinho, em profundidades com intervalo entre 0 e 70 m. Geralmente está associado a ambientes de recifes de coral com muitos corais mortos, se alimentando de algas que crescem por ali. Os indivíduos têm fecundação externa (liberam seus gametas na água) e podem medir até 60 cm de comprimento.

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Ouriço-verde - Lytechinus variegatus

É uma espécie encontrada em águas tropicais do Oceano Atlântico, desde os Estados Unidos até o Brasil. Vive em recifes rochosos, em substratos arenosos ou lamacentos e em tapetes de ervas marinhas, em profundidades de até 50 m. Pode ocorrer em grande número, com até 15 indivíduos sendo encontrados por metro quadrado. Os indivíduos em grande parte são herbívoros, alimentando-se de algas marinhas, e podem chegar até 11 cm de comprimento.

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Acará-disco - Symphysodon sp.

Vive na América do Sul, em fendas rochosas entre raízes, nos rios Amazonas, Negro e Solimões. Geralmente vive em cardumes, mas durante o período reprodutivo se torna territorialista. Se alimentam de invertebrados planctônicos, insetos e larvas de insetos.

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Firefish Roxo - Nemateleotris decora

Vive em recifes de coral no Indo-Pacífico, em uma profundidade de 25 a 70 metros. Seu comprimento máximo é de 9 cm. Vive em águas mais movimentadas, sempre buscando zooplâncton (copépodes e larvas de crustáceos) para se alimentar. Nesta espécie também é observada a monogamia e os machos cuidam dos ovos e dos filhotes (alevinos). Quando se sente ameaçado tende a se esconder, por isso é importante ter tocas disponíveis no tanque.

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Mudskipper - Periophthalmus barbarus

Geralmente encontrados em regiões lodosas e em águas salobras, manguezais e estuários. São peixes capazes de respirar ar, por isso conseguem ir em busca de alimentos saltando ou caminhando sobre a lama e/ou areia. Sua alimentação é composta por caranguejos, insetos, entre outros artrópodes, e mangue branco.

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Peixe-cego-das-cavernas - Astyanax mexicanus

Encontrado no México, essa espécie habita rios de pequeno a grande porte, e fundos rochosos e arenosos. Sua alimentação é baseada em vermes, insetos e crustáceos. Existem duas variações dessa espécie, os que vivem na superfície, por isso possuem coloração e boa visão; e os que habitam as cavernas, que ao longo da evolução perderam a visão e a pigmentação (por isso, são albinos), por serem características indiferentes no ambiente escuro em que vivem. Richard Borowsky fez um estudo onde a partir de cruzamentos genéticos conseguiu o nascimento de indivíduos com “olhos” rudimentares, e, em um dos cruzamentos, 40% dos filhotes nasceram enxergando. "Se você hibridizasse duas populações separadas de peixes cegos da caverna e os colocasse num lugar com luz, eu suspeito que a pressão da seleção [natural] seria suficiente para restaurar a visão para o conjunto da população em um tempo relativamente curto, menos de cem gerações", disse o pesquisador em entrevista à Folha. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1201200801.htm

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Peixe-anjo-de-fogo - Centropyge sp.

Vive no Atlântico Ocidental, escondido em recifes de coral, em uma profundidade de até 25 metros. Se alimenta de algas e esponjas. Pode chegar a 7 cm.

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Peixe-leão-zebra - Dendrochirus zebra

Encontrados no Indo-Pacífico Ocidental, podem chegar a 115 metros de profundidade. Vive em fundos rochosos e entre recifes de corais, se alimentando de peixes e crustáceos. Podem chegar a 20 cm de comprimento. Percorre grandes distâncias e vive em pequenos grupos. Vale lembrar que a espécie de peixe-leão que ficou conhecida por começar a invadir a costa brasileira no final de 2021 é o Pterois volitans.

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Lambari - Astyanax sp.

Encontrado em todo Brasil, em rios, córregos e lagoas. Se alimenta de sementes, frutos, insetos terrestres, escamas, vegetais aquáticos, desovas e outros peixes. É uma espécie de pequeno porte, seu tamanho máximo é 12 cm.

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Tubarão-bambu-da-Indonésia - Hemiscyllium freycineti

Não se sabe muito sobre essa espécie. São encontrados no Pacifico, em recifes de corais, poças de maré e leitos de ervas marinhas. Nada em uma profundidade de até 12 metros e pode chegar a 72 cm de comprimento. Sua reprodução é ovípara. Não existem leis de restrição à pesca desse animal, eles são muito afetados pela pesca com dinamite.

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Anjo-imperador-juvenil - Pomacanthus imperator

É uma espécie comum no mar do Indo-Pacífico, muito encontrado na Grande Barreira de Coral da Austrália, em uma profundidade de 1 a 100 metros. Os juvenis podem ser vistos em áreas mais protegidas, como buracos nos recifes, se alimentam de esponjas, corais e outros organismos que se fixam nesta região. São muito visados no aquarismo por sua coloração que chama atenção, os juvenis são pretos com curvas azuis claras e brancas e quando se tornam adultos ocorre uma mudança de cor, ficando com linhas horizontais amarelas e azuis. Seu tamanho máximo pode ser de 40 cm quando adultos.