Naufrágio

Os recifes são ambientes que protegem a costa e abrigam muitas espécies diferentes da vida marinha. Quando ocorre um naufrágio, é criado um recife artificial, que passa a ser habitado por diferentes peixes, algas marinhas e invertebrados. Sendo assim, um ótimo espaço para proteção e alimentação desses animais.

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O naufrágio proposital perto de áreas com recifes naturais é prejudicial para a natureza, pois provoca um desequilíbrio naquele ambiente. Por isso, o ideal para naufrágios planejados, é ser em ambientes que só tem areia, pois assim, não haverá competição com recifes naturais. Sendo natural ou artificial, são ambientes muito importantes para a pesca e turismo, desde que esses atos não destruam o ecossistema.

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Peixe-anjo-rainha - Holacanthus ciliares

Encontrado no Atlântico Ocidental, vive solitário ou em par associado a recifes de coral, em uma profundidade de até 70 metros. São peixes que quando adultos podem atingir até 45 cm de comprimento. Junto com o Frade (Pomacanthus paru) é um dos maiores peixes anjos que temos no Brasil. Nadam lentamente próximo a pedras em busca de alimento, comendo esponjas e pequenos pedaços de algas. São mais tímidos que os Frades, dificilmente permitem aproximação. É uma espécie comercial no mercado de aquários, sendo pouco comercial para outras finalidades.

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Peixe-galo - Selene setapinnis

Encontrados no Atlântico Ocidental, em profundidades de até 54 metros. Quando juvenis vivem próximo à superfície, podem ser encontrados também em baias e foz de rios. Os adultos vivem em cardume próximo ao fundo. Seu tamanho máximo é de 60 cm. São comercializados para consumo mas já houve relatos de pessoas por intoxicação com ciguatera, que é toxina que se acumula nos peixes que se alimentam de determinadas espécies de algas e pode causar problemas gastrointestinais, neurológicos e cardiovasculares.

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Cirurgião-barbeiro - Acanthurus bahianus

É um dos peixes cirurgiões mais característicos do oceano Atlântico, vivendo próximo aos recifes de corais em regiões tropicais em profundidades de até 40 metros. Pode chegar ao tamanho máximo de 12 centímetros e sua maior longevidade registrada é de 31 anos de vida. Pode ser encontrado em pequenos grupos de pouco mais de cinco indivíduos. Possui hábitos diurnos e se alimentam quase que exclusivamente de algas, por vezes podendo comer pequenos crustáceos. Possui um par de espinhos, localizados na lateral da cauda, e utilizados para defesa. Tal característica está presente em todas as espécies do grupo dos cirurgiões.

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Bodião-papagaio - Bodianus rufus

É uma espécie encontrada no Oceano Atlântico, ocorrendo ao longo de toda costa brasileira. Vive em ambiente marinho próximo aos costões rochosos, em profundidades com intervalo entre 1 e 70 m de profundidade. Alimenta-se basicamente de invertebrados, como pequenos crustáceos, moluscos, ouriços e ofiúros. Quando jovem atua como limpador retirando tecidos mortos e parasitas externos de outros peixes. Pode atingir até 40 cm de comprimento. Há relatos de envenenamento por ciguatera ao consumir essa espécie. É uma espécie comercial no mercado de aquários, sendo pouco comercial para outros tipos de pescarias.

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Bodião-fogueira - Bodianus pulchellus

É uma espécie encontrada no Oceano Atlântico, desde a Carolina do Sul (E.U.A.) até Santa Catarina (Brasil). Vive em ambiente marinho associada a recifes, em profundidades com intervalo entre 15 e 120 metros. Alimenta-se de invertebrados, crustáceos e bivalves e pode atuar como limpador de parasitas no corpo de peixes maiores. Os indivíduos são quase sempre solitários, mas em algumas ocasiões podem formar pequenos cardumes, e podem medir até 28 cm de comprimento. O juvenil tem o corpo predominantemente amarelo, e quando adulto possui corpo vermelho com a nadadeira caudal amarelada. É uma espécie comercial no mercado de aquários, sendo pouco comercial em outros tipos de pescarias.

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Peixe-olho-de-cão - Priacanthus arenatus

É uma espécie tropical, encontrada no oceano Atlântico, em uma média de profundidade de 15 a 100 metros. Sempre associado a recifes de coral ou a fundos rochosos, tem hábitos noturnos, se alimentando de presas pequenas, em sua maioria larvas, mas também comem pequenos peixes, crustáceos e poliquetas. Seu tamanho máximo pode ser de 50 cm.

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Peixe-enxada - Chaetodipterus faber

É uma espécie encontrada no Oceano Atlântico, do sudeste dos EUA até o Rio Grande do Sul (Brasil). Vive associado a recifes de corais, em profundidades com intervalo entre 3m e 35 metros. Alimenta-se de animais como, crustáceos, moluscos, anelídeos e cnidários, também podendo se alimentar de plâncton na coluna d’água. Os indivíduos possuem tamanho médio de 50 cm e peso máximo já registrado de 9 Kg. No período reprodutivo, as fêmeas podem liberar até 1 milhão de ovos na coluna d’água, com os ovos eclodindo cerca de 24 horas depois. Há casos de envenenamento por ciguatera ao consumir esse animal. É uma espécie comercial no mercado de aquários, pesca esportiva e aquacultura, sendo pouco comercial para outros tipos de pescarias.

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Piranjica - Kyphosus incisor

Peixes comuns no Atlântico Ocidental e Leste, podem viver em até 15 metros de profundidade. Vivem em ambientes rochosos e recifes de corais, podendo chegar a 90 cm de comprimento. Se alimentam de algas, comendo também a alga Sargassum, que é a mesma que o peixe-escorpião (Rhinopias frondosa) se camufla.

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Corcoroca grunt - Haemulon plumierii

Vive no Atlântico Ocidental, em recifes de coral, em profundidade de até 40 metros. Podem chegar a 53 cm de comprimento. Se alimentam de moluscos, crustáceos e peixes. Quando juvenis saem de noite procurando alimento no fundo arenoso de regiões com gramas marinhas e voltam aos recifes durante o dia para se proteger. Indivíduos adultos quando estão em cardume, descansam mais e comem menos. Para achar seu alimento, os adultos enterram a boca no substrato (areia) à procura de seu alimento e vão soltando o substrato aos poucos pelo opérculo (estrutura na lateral da cabeça que protege as brânquias). Por serem territorialistas, podemos observar, em alguns momentos, um de frente para o outro abrindo a boca, se desafiando (pode parecer um beijo mas não é).