
Pequenas Riquezas
O mundo marinho também é casa de seres bem pequenos mas que são extremamente chamativos por suas colorações, formas do corpo e estratégias de sobrevivência.
Neste lugar fascinante, vivem seres com as mais variadas estratégias para garantir sua sobrevivência. Alguns possuem diferentes tipos de respiração, permitindo que se movimentem por diferentes locais e respirem fora d’água. Outros são verdadeiros escudos ambulantes, cobertos por espinhos que podem ter substâncias venenosas para afastar predadores. Há aqueles que se adaptaram ao completo escuro, onde a luz do sol nunca chega e por isso, sequer desenvolveram os olhos! Alguns se comunicam através de movimentos delicados do corpo, quase como uma dança subaquática. E em certos casos curiosos, é o macho quem carrega os filhotes, enquanto a fêmea apenas deposita os ovos.
Espécies do tanque
Estrela-do-mar
Vivem no Atlântico Ocidental, em uma profundidade de até 9 m. Se alimenta de zooplâncton, anêmonas e esponjas e seu tamanho máximo é de 6 cm. É uma espécie que ainda não foi muito estudada.
Baiacu-de-espinho
Pode ser encontrado em lagoas e recifes, em uma profundidade de até 50m em direção ao mar. Os mais jovens podem ser encontrados próximo à superfície, e os adultos mais próximos ao fundo. Possui hábitos solitários e noturnos. Sua alimentação é baseada em invertebrados, gastrópodes e ouriço-do-mar. É venenoso por isso não é utilizado na alimentação.
Ouriço-verde
É uma espécie encontrada em águas tropicais do Oceano Atlântico, desde os Estados Unidos até o Brasil. Vive em recifes rochosos, em substratos arenosos ou lamacentos e em tapetes de ervas marinhas, em profundidades de até 50 m. Pode ocorrer em grande número, com até 15 indivíduos sendo encontrados por metro quadrado. Os indivíduos em grande parte são herbívoros, alimentando-se de algas marinhas, e podem chegar até 11 cm de comprimento.
Mudskipper
Geralmente encontrados em regiões lodosas e em águas salobras, manguezais e estuários. São peixes capazes de respirar ar, por isso conseguem ir em busca de alimentos saltando ou caminhando sobre a lama e/ou areia. Sua alimentação é composta por caranguejos, insetos, entre outros artrópodes, e mangue branco.
Peixe-cego-das-cavernas
Encontrado no México, essa espécie habita rios de pequeno a grande porte, e fundos rochosos e arenosos. Sua alimentação é baseada em vermes, insetos e crustáceos. Existem duas variações dessa espécie, os que vivem na superfície, por isso possuem coloração e boa visão; e os que habitam as cavernas, que ao longo da evolução perderam a visão e a pigmentação (por isso, são albinos), por serem características indiferentes no ambiente escuro em que vivem. Richard Borowsky fez um estudo onde a partir de cruzamentos genéticos conseguiu o nascimento de indivíduos com “olhos” rudimentares, e, em um dos cruzamentos, 40% dos filhotes nasceram enxergando. "Se você hibridizasse duas populações separadas de peixes cegos da caverna e os colocasse num lugar com luz, eu suspeito que a pressão da seleção [natural] seria suficiente para restaurar a visão para o conjunto da população em um tempo relativamente curto, menos de cem gerações", disse o pesquisador em entrevista à Folha. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1201200801.htm
Acará-disco-comum

É uma espécie endêmica do Brasil, vive em águas escuras na bacia do rio Amazonas, sendo encontrado entre raízes e fendas de rochas. É tranquilo para conviver junto com outros indivíduos. Tem o cuidado parental com a prole e produz um muco para nutrir os alevinos nos primeiros dias de vida. Se alimenta de insetos, larvas de insetos, plâncton e eventualmente de frutos.
Acará-disco
Vive na América do Sul, em fendas rochosas entre raízes, nos rios Amazonas, Negro e Solimões. Geralmente vive em cardumes, mas durante o período reprodutivo se torna territorialista. Se alimentam de invertebrados planctônicos, insetos e larvas de insetos.
Tubarão-bambu-da-Indonésia
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Não se sabe muito sobre essa espécie. São encontrados no Pacifico, em recifes de corais, poças de maré e leitos de ervas marinhas. Nada em uma profundidade de até 12 metros e pode chegar a 72 cm de comprimento. Sua reprodução é ovípara. Não existem leis de restrição à pesca desse animal, eles são muito afetados pela pesca com dinamite.
Ouriço-de-espinho-longo
É um animal, do mesmo grupo das estrelas-do-mar e pepinos-do-mar, os Equinodermos. É encontrado no Mar Mediterrâneo e no Oceano Indo-Pacífico, desde o Mar Vermelho até as ilhas do Pacífico sul e Japão. É bentônico, ou seja, vive associado ao substrato marinho, em profundidades com intervalo entre 0 e 70 m. Geralmente está associado a ambientes de recifes de coral com muitos corais mortos, se alimentando de algas que crescem por ali. Os indivíduos têm fecundação externa (liberam seus gametas na água) e podem medir até 60 cm de comprimento.