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Descobertas
Descobertas
O AquaRio é um centro de conservação e pesquisa da vida marinha. Por aqui, desenvolvemos mais de 30 estudos com instituições parceiras, universidades, além da Marinha do Brasil. Tudo isso é possível, pois parte da arrecadação dos ingressos é destinada para esses importantes projetos, que contribuem para a conservação e o conhecimento dos ecossistemas marinhos. Conheça algumas das pesquisas realizadas por aqui:
Espécies do tanque
Avaliação dos efeitos das mudanças climáticas na fisiologia do desenvolvimento de Mussismilia harttii: salvando os corais do futuro

Avaliação dos efeitos das mudanças climáticas na fisiologia do desenvolvimento de Mussismilia harttii: salvando os corais do futuro
Pesquisador responsável: Leandro Cesar de Godoy Equipe: Tales Fabris Chaves; Carolina Chuaste Grando; Nayara Oliveira da Cruz; Andréa Giannotti Galuppo Parceria: Universidade Federal do Rio Grande do Sul Os recifes de corais estão ameaçados com a sobrepesca, poluição, aquecimento e acidificação das águas dos oceanos,levando ao branqueamento em massa dos corais. Somente nos últimos 30 anos perdeu-se mais de 50% dos recifes de coral no mundo. Em 2019, o coral Mussismilia harttii foi altamente afetado por conta desse branqueamento, como nunca havia sido registrado na história. O branqueamento, principalmente ocasionado pelo aumento da temperatura do oceano, acontece por meio do rompimento da simbiose entre as microalgas e os corais. Dependendo da intensidade, pode se tornar irreversível, matando as colônias hospedeiras. O objetivo do estudo desenvolvido em parceria com o AquaRio é entender a fisiologia do desenvolvimento desse coral ameaçado Mussismilia harttii, a partir do sêmen congelado desses animais e a fertilização in vitro, sob diferentes cenários climáticos. As coletas serão feitas nas costa de Pernambuco, região da Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, afetada sazonalmente pelo branqueamento, e transportadas para o AquaRio, onde um sistema de mesocosmos simulará as condições ambientais esperadas pelos modelos de mudanças climáticas. Dessa forma, poderemos analisar as taxas de sobrevivência frente o aquecimento das águas e selecionar linhagens mais resistentes, permitindo devolver à APA indivíduos mais resistentes, capazes de sobreviver aos eventos futuros de branqueamento.
Avaliação hematológica do plantel de animais aquáticos do Aquário Marinho do Rio de Janeiro

Avaliação hematológica do plantel de animais aquáticos do Aquário Marinho do Rio de Janeiro
Você disse: Pesquisador responsável: Aline Moreira de Souza Equipe: Aline Moreira de Souza; Márcia de Souza Xavier; Nayro Xavier de Alencar; Amanda de Oliveira Alcântara; Daniele Mello Cunha; André Luiz de Almeida; Victoria Carvalhal Natale; Newton Mello de Andrade Filho; Renata Mourão de Moraes; Isaque Neves Gonçalves; Tatiana Moniz Portella Lovatto; Raquel Alves Pinna; Veronica Takatsuka Manoel; Amanda Ruscy; Matheus Felix; Sérgio Santos Parceria: Universidade Federal Fluminense O plantel de aquários e zoológicos passaram a ser essenciais para a complementação do conhecimento científico e a solução de lacunas do conhecimento em diversas áreas como ecologia, etologia e reprodução, entre outros. No entanto, desafios e obstáculos são comuns ao manejo dessas populações ex situ, seja pelo desconhecimento do seu ciclo de vida no ambiente natural, seja pela dificuldade de manutenção desses animais sob cuidados humanos. Parte fundamental para a garantia da qualidade de vida é a realização periódica de exames laboratoriais que auxiliem na avaliação da saúde dos animais e permitam um diagnóstico mais preciso e, por conseguinte, tratamentos mais precoces e eficientes. A parceria do AquaRio com o Laboratório Clínico Veterinário do Hospital Universitário de Medicina Veterinária Professor Firmino Mársico Filho (LABHUVET/UFF) e no Laboratório de Pesquisa Clínica e Diagnóstico Molecular Professor Marcílio Dias do Nascimento (LAMADIN) atua exatamente no monitoramento do plantel do AquaRio, permitindo determinar os parâmetros referenciais que indicam a condição de saúde a partir de exames hematológicos, bioquímicos, citoquímicos e diagnósticos citológicos. Além de garantir a qualidade de vida dos animais do AquaRio, a parceria ajuda na formação profissional dos estudantes do curso de veterinária da Universidade Federal Fluminense, complementando sua formação profissional.
Reprodução, crescimento e comportamento ex situ de elasmobrânquios

Reprodução, crescimento e comportamento ex situ de elasmobrânquios
A linha de pesquisa é desenvolvida em associação com o Laboratório de Biologia e Tecnologia Pesqueira (BioTecPesca – Instituto de Biologia/UFRJ), tendo como foco as espécies de elasmobrânquios da ictiofauna brasileira, como as raias treme-treme Narcine brasiliensis (Olfers, 1831) e Hypanus guttatus (Bloch & Schneider, 1801), bem como espécies já reconhecidas como ameaçadas e com a pesca proibida, como a raia-borboleta Gymnura altavela (Linnaeus, 1758). Os estudos associados a essa linha de pesquisa focam amplas lacunas do conhecimento sobre essas espécies e respondem a demanda do poder público, setores da cadeia produtiva e da academia. Também focam na correta conscientização da população e de consumidores que direta ou indiretamente estão 4 conectados à pesca, beneficiamento e consumo de tubarões e raias. A linha também desenvolve estudos que correlacionam a extensão dos impactos ambientais e suas consequências para a qualidade de vida dos elasmobrânquios que compartilham ecossistemas degradados. Os estudos permitem a caracterização de metais e a expressão de proteínas, metaloproteínas e enzimas, em diferentes órgãos de peixes expostos a contaminação ambiental, na natureza e sob cuidados humanos. Os estudos são desenvolvidos em parceria com o Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental (Instuto Oswaldo Cruz/Fiocruz). Os resultados não apenas permitem identificar a escala da degradação ambiental, como fornece dados essenciais à saúde humana e à segurança alimentar da população.
DNA como ferramenta para conservação dos cavalos-marinhos

DNA como ferramenta para conservação dos cavalos-marinhos
Pesquisador responsável: Natalie Villar Freret Meurer Equipe: Amanda Vaccani do Carmo; Tatiane Fernández do Carmo; Gabriela Cabiró; Anderson Vilasboa; Denise Dias Parceria: Universidade Santa Úrsula Os cavalos-marinhos são peixes inconfundíveis encontrados em regiões costeiras, ocorrendo em manguezais, baías, recifes de corais, costões rochosos e gramas marinhas. Os cavalos-marinhos podem ser considerados peixes símbolos dos ecossistemas em que vivem. Servindo de um indicador de saúde ambiental completo, pois além de apresentarem relação com diversas espécies, são animais carismáticos e ameaçados, se tornando uma espécie bandeira para programas de sensibilização das comunidades. A espécie mais abundante no litoral do Brasil é o cavalo-marinho-do-focinho-longo Hippocampus reidi Ginsburg, 1933. Apesar de todo histórico de impacto na baía de Guanabara, os cavalos-marinhos se mantêm estáveis no estuário, mas seu monitoramento é problemático devido à baixa turbidez da água. O DNA ambiental é uma técnica recente que vem sendo desenvolvida há mais de uma década, não só para microorganismos, mas para organismos macroscópicos, como vegetais e diversas espécies animais e agora será usada para monitorar os cavalos-marinhos da baía, permitindo adequar o método à população local e confirmando a distribuição do cavalo-marinho nos manguezais do seu entorno.
Caracterização da presença sazonal, identidade populacional e comportamento da baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) no Estado do Rio de Janeiro

Caracterização da presença sazonal, identidade populacional e comportamento da baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) no Estado do Rio de Janeiro
Pesquisador responsável: Enrico Marcovaldi Equipe: Sergio Cipolotti; Enrico Marcovaldi; Liliane Lodi; Guilherme Maricato Parceria: Instituto Baleia Jubarte Criado em 1988 como parte das ações de Implantação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, com a missão de estudar e proteger a população remanescente de baleiasjubarte que se reproduzem em águas brasileiras, que naquela época ainda estavam ameaçadas de extinção. Graças aos mais de 35 anos de esforços, as jubartes hoje se recuperaram quase que totalmente no Brasil. O Projeto, administrado pelo Instituto Baleia Jubarte e patrocinado pela Petrobras desde 1996, conta com cinco bases físicas, estas na Praia do Forte, Caravelas e Itacaré, na Bahia; em Vitória, no Espírito Santo; e em Ilhabela, São Paulo, além de atuar em outras regiões através de parcerias com instituições congêneres, o Poder Público e o setor privado, e trabalha em três frentes – pesquisa, educação e políticas para a conservação – para assegurar a recuperação plena da espécie. A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) é uma das grandes baleias migratórias que anualmente frequentam a costa brasileira no inverno e primavera para acasalar, parir e amamentar seus filhotes, percorrendo a costa do sul e sudeste até o banco dos Abrolhos, sua principal área de concentração. O projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Baleia Jubarte e foca no monitoramento migratório das baleias, com o objetivo de identificar os indivíduos e delimitar a ocorrência e distribuição das baleias-jubarte na região Sudeste, priorizando a costa fluminense, fornecendo dados essenciais para planos de conservação mais efetivos. O estudo abre a possibilidade de promover o turismo sustentável de observação de baleias, bem como atuar junto ao público para a conscientização referente aos cetáceos da costa do Rio de Janeiro.
ECOSHARK - Ecologia, Conservação e Monitoramento dos Tubarões do Rio de Janeiro

ECOSHARK - Ecologia, Conservação e Monitoramento dos Tubarões do Rio de Janeiro
Pesquisador responsável: Fernanda de Oliveira Lana Equipe: Fernanda de Oliveira Lana; Leonardo Flach; Mariana Alonso Parceria: Instituto Boto Cinza O declínio populações de várias espécies de tubarões pelágicos tem gerado preocupações referentes à sua conservação. Sua baixa capacidade de recuperação resultante diretamente dos traços característicos de sua história de vida, como crescimento lento, maturação mais tardia e baixa fecundidade, tornam o estudo de suas populações uma prioridade para sua preservação. No entanto, os padrões migratórios desses animais dificultam o seu monitoramento por se deslocarem ao longo da costa da América do Sul ou mesmo cruzarem oceanos sazonalmente. O projeto, desenvolvido em parceria com a UFRJ, visa determinar os padrões de movimentação e a ecologia espacial das espécies através de telemetria e avaliar a estrutura local das populações dos tubarões na costa do Rio de Janeiro, considerando algumas espécies de já conhecida ocorrência como: tubarãomartelo, mangona, mako, galha-preta, tigre, entre outros. O estudo será conduzido com o uso de marcadores para monitoramento via satélite, método inovador ainda raro na costa brasileira, mas que tem permitido a obtenção de informações valiosas sobre a profundidade de distribuição, preferências de temperatura e movimentos migratórios de várias espécies de tubarões pelo mundo. Além de ser um método pouco invasivo e de baixo impacto, com níveis extremamente baixos de letalidade, associados quase sempre ao processo de captura, as marcas eletrônicas têm sido capazes de monitorar remotamente os animais marcados, fornecendo informações inéditas sobre os seus ciclos de vida e movimentos migratórios. Esses dados serão essenciais para desenvolver políticas mais efetivas para salvar esses tubarões do perigo de extinção.